sábado, 11 de outubro de 2014

Poesia do cotidiano, do céu e do tempo: O Tempo e as Estrelas é lançado na FNAC

O Tempo e as Estrelas - poesia estelar,
temporal e cotidiana
 
Escrever em versos tem sido uma forma de comunicação e arte para o homem desde os tempos primevos. Arnaldo Antunes escreveu sobre a origem da poesia:

"A origem da poesia se confunde com a origem da própria linguagem. Talvez fizesse mais sentido perguntar quando a linguagem verbal deixou de ser poesia. Ou: qual a origem do discurso não-poético, já que, restituindo laços mais íntimos entre os signos e as coisas por eles designadas, a poesia aponta para um uso muito primário da linguagem (...) Mas a integridade entre nome e coisa trazida pela linguagem poética foi separada no decorrer da história pelo tempo e pelas culturas do homem civilizado".
  
Livro lançado: os versos agora "são livres"
De linguagem primitiva a arte da linguagem, a poesia percorreu um longo caminho.

Passando pelos vedas indianos há 1700 anos antes de Cristo, pelos trovadores e cancioneiros, pelos épicos poemas que contavam sagradas histórias das nações e até das religiões. De Zoroastro e Homero até nossos dias, muitos versos foram escritos, mas o que há de comum entre eles? Não é apenas a forma da linguagem. É a sensibilidade artística de contar uma história ou se expressar em versos. 

Poderíamos citar ou declamar tantos e tantos poetas ao longo da história. Poderíamos nos deliciar com belos poemas que nos fariam chorar, rir, refletir, enraivecer... Sentiríamos todos os sentimentos possíveis pelos versos de outrem. O poeta é esse outro que nos faz ver o mundo com o seu olhar peculiar.

Mas, voltemos ao Tempo e as Estrelas. Voltemos ao "Tempo de Alisson Diego" como foi publicado nesta semana pelo Jornal O Tempo. O caderno Magazine do Jornal publicou uma nota sobre este lançamento exatamente com este título: "O Tempo de Alisson Diego". Qual é o tempo de Alisson Diego? É o nosso tempo. É o tempo presente. E o que é a sua poesia? É o cotidiano. "Os poemas buscam refletir sobre o cotidiano com originalidade e transcendência", disse o jornalista d'OTempo. 

Noite de amizade, poesia, música e versos na FNAC
O que fez o poeta buscar inspiração no céu? Diego não diz. Mas seus poemas dizem. "Nenhum grande poema fará o poeta que olha para o chão, pensando rasteiramente nos problemas medíocres". Continua Diego em Poeira de Estrela: "Apenas o céu é capaz de transmudar mediocridades em versos.”.

Já, o tempo... Bom, o tempo somos nós. É o tempo que nos envelhece, nos amadurece, nos faz trabalhar, crescer, morrer, viver...

Somos fruto do Tempo. Sem o tempo não somos. Só vivemos o tempo. Somos porque há o tempo e deixamos de ser porque há o tempo.

O lançamento oficial de O Tempo e as Estrelas aconteceu na noite desta quinta-feira (09) na FNAC, no BH Shopping e contou com a presença de cerca de 300 pessoas. Lançado pela editora Novo Século - Selo Novos Talentos da Literatura Brasileira - o livro conta com ilustrações do artista plástico Francisco Rivero e está à venda nos sites das principais livrarias brasileiras.

O jovem músico Bruno Fittipaldi musicou alguns poemas
de O Tempo e as Estrelas
Sobre o livro, disse o poeta Diego a amigos e a um jornalista que cobria o evento: "Só fazem sentido esses momentos se forem compartilhados com os amigos. Eu os agradeço de coração por prestigiarem este lançamento. Gratidão! Aproveito para dizer também que este livro já não me pertence mais. A partir deste lançamento ele sai dos meus domínios. Falo isso sem almejar qualquer reconhecimento, falo porque estes versos agora são livres".

Diego disse ainda que prepara uma coletânea de artigos e crônicas que deve ser lançada em meados de 2015.

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