quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

AMIG lança reedição de livro sobre história da mineração em Itabira


Alisson Diego com a obra de Clodoveu
Oliveira em Itabira - 01/12/22 

A Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil (AMIG), lançou nesta quinta-feira (01/12), uma edição fac-símile do livro “A concessão Itabira Iron - A origem da Vale e os primórdios da indústria da mineração no Brasil”. A obra foi publicada originalmente em novembro de 1934 pelo mineralogista Clodomiro Augusto de Oliveira, professor e diretor da Escola de Minas de Ouro Preto no biênio 1930/31 e traz um relato sobre a exploração do minério de ferro nas ricas jazidas de Itabira, situada na região Central de Minas Gerais. O lançamento aconteceu na Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade (Av. Carlos Drummond de Andrade, 666 - Centro, Itabira).

A cidade de Carlos Drummond de Andrade, com cerca de 121 mil habitantes, vive há 80 anos a dependência econômica da atividade minerária. Sua história e desenvolvimento praticamente se confundem com a da exploração mineral, cujo fim, segundo previsões da Vale, será em 2031. “Itabira tem sido, mais uma vez, um laboratório para a mineração de Minas Gerais e do Brasil, já que a cidade vê o fim da exploração mineral cada vez mais próximo. E, por isso, a construção de uma almejada independência financeira se faz importante e urgente.” A diversificação econômica deve ser perseguida todos os dias, como saúde e educação”, diz o consultor de Relações Institucionais e Econômicas da entidade, Waldir Salvador.

Segundo o prefeito de Itabira, Marco Antônio Lage, a dependência econômica da mineração é o maior problema que o município tem a resolver. “Era assim há décadas e continua hoje. Pelo menos 80% do orçamento de Itabira é proveniente de receitas da mineração. Seja da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem), que chegou a 30% da receita total em 2021, ou das demais fontes diretamente impactadas pela atividade, como o ICMS e o ISS. Isso sem falar, claro, do quanto as atividades econômicas do município estão atreladas à mineração: comércio, indústria e outras. Temos um cenário de inegável dependência”, pontua.

Alisson Diego, atualmente secretario municipal de Fazenda de Nova Lima, esteve no evento representando o prefeito nova-limense, João Marcelo Dieguez. Diego destacou que Nova Lima é uma das principais cidades mineiras que também dependem economicamente da exploração mineral. "É uma honra voltar a Itabira, cidade onde tive a oportunidade de auxiliar na gestão do prefeito Marco Antônio Lage como assessor de projetos e chefe de Gabinete. A reedição desta obra histórica do professor Clodoveu nos alerta, mais uma vez, para a nossa tarefa histórica: diversificar a economia das cidades mineradoras e construir ativos que perpassam a educação, a cultura e a proteção ambiental, afinal de contas como bem lembrou o presidente da República mineiro Arthur Bernardes: 'o minério não dá duas safras'. Esse tesouro de safra única não pode ser utilizado apenas em seu contexto exploratório de maneira desordenada e sem estratégia. Tem que deixar um legado para as cidades mineradoras e para o nosso país. Tenho convicção de que o novo governo federal vai se atentar a isso", pontuou Diego.


Prefeito Marco Antônio Lage, Alisson Diego,
Maurício Mendes e Dulce Citi na FCCDA. 01/12/22

*Com informações e textos da Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Itabira

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